Estudo comparativo entre a laparotomia longitudinal mediana infraumbilical e a minilaparotomia oblíqua na fossa ilíaca esquerda, no tratamento cirúrgico do megacólon chagásico / Comparative study between by median infra umbilical laparotomy and by obliquous minilaparotomy in the left iliac fossal the surgical treatment of the chagasic megacolon

O objetivo deste estudo foi comparar, prospectivamente, os resultados do tratamento cirúrgico do megacólon chagásico, empregando-se a laparotomia longitudinal mediana infra umbilical e a minilaparotomia oblíqua na fossa ilíaca esquerda, embora a intervenção cirúrgica básica fosse a técnica de Duhamel modificada em só tempo. Pacientes e Métodos: Foram estudados 28 pacientes, divididos em dois grupos: controle (GA) e experimental (GB); sendo que 14 pacientes se situam no grupo controle (GA) e 14 pacientes no grupo experimental (GB). Foram analisadas as seguintes variáveis: idade, sexo, tempo de obstipação, altura da anastomose, tempo operatório, tempo de reaparecimento dos ruídos hidro-aéreos, tempo de reintrodução da dieta oral, complicações e tempo de permanência hospitalar. Resultados: O tempo médio de obstipação no (GA) foi de 27,7 dias e no (GB) de 23,3 dias. A altura da anastomose no (GA) foi de 3,71 cm e no (GB) 4,07 cm. O tempo operatório no (GA) foi 1 hora e 56 minutos e no (GB) 2 horas e 8 minutos. O tempo de restabelecimento do transito intestinal no (GA) foi 23 h e oito minutos e no (GB) 22 h. O tempo para reintrodução da dieta oral no (GA) foi 1,92 dia e no (GB) 1,85 dia. O tempo de permanência hospitalar foi de 4,86 dias no (GA) e de 5,43 dias no (GB). Essas diferenças não foram estatisticamente significantes (p > 0,05). Conclusão: A minilaparotomia oblíqua na fossa ilíaca esquerda e a laparotomia longitudinal mediana infra umbilical, para a abordagem do retossigmóide com vistas ao tratamento cirúrgico do megacólon chagásico, pela técnica de Duhamel modificada, não apresentaram diferenças quanto ao tempo operatório, evolução dos pacientes, permanência hospitalar e complicações.

Lipoma de intestino grosso: relato de caso / Lipoma of large bowel: case story

Paciente feminina, 61 anos, com história sugestiva de intussuscepções que se resolviam espontaneamente. Os exames complementares evidenciaram uma neoplasia de cólon ascendente, porém a anatomia patológica, no pré-operatório, não confirmou doença maligna. O tratamento realizado foi uma colectomia direita com ileotransverso anastomose. O diagnóstico definitivo foi de Lipoma colônico. Os autores fazem uma revisão da literatura, revelando qual a melhor abordagem destes pacientes.

Radiografia simples de abdômen versus enema opaco no diagnóstico de megacólon em pacientes com fecaloma / Plain abdominal films versus barium enema in diagnosis of megacolon in patients with fecaloma

O trabalho consiste em avaliar a necessidade do enema opaco para diagnóstico de megacólon em vinte e cinco pacientes com fecaloma. O presente estudo foi realizado no Serviço de Cirurgia Colorretal do Hospital Geral Roberto Santos. Dos pacientes, 13 (cinquenta e dois por cento) eram do sexo feminino e 12 (quarenta e oito por cento), masculinos; a idade variou de 17 a 86 anos, com média de 57 anos. Dezenove (setenta e seis por cento) dos pacientes apresentavam sorologia positiva para a Doença de Chagas, 02 (oito por cento) com sorologia negativa e 04 (dezesseis por cento) näo haviam realizado o exame. O diagnóstico de megacólon foi dado em 10 (quarenta por cento) dos pacientes através do enema opaco e em 15 (sessenta por cento) foi sugerido através de radiografia simples do abdômen, quando portadores de fecaloma. Dos pacientes com megacólon sugerido pela radiografia simples de abdômen, 12 (oitenta por cento) foram submetidos ao tratamento cirúrgico, sendo o diagnóstico confirmado em todos os casos. No nosso estudo, o enema opaco mostrou-se dispensável para o diagnóstico de megacólon em pacientes com fecaloma, evidenciado à radiografia simples de abdômen

Tratamento cirúrgico da doença diverticular através do acesso vídeo-laparoscópico: apresentaçäo de 35 casos / Surgical treatment of diverticular disease through videolaparoscopic access: presentation of 35 cases

A indicaçäo cirúrgica eletiva da doença diverticular do sigmóide é ainda bastante discutida. Entretanto, naqueles pacientes que apresentam pelo menos um episódio de diverticulite aguda, a indicaçäo cirúrgica vem tornando-se cada vez mais freqüente. Daí a razäo pela qual os autores discutem o momento ideal da indicaçäo cirúrgica e apresentam a opçäo do acesso vídeo-laparoscópico no tratamento da doença diverticular do sigmóide näo complicada. Foram realizadas 35 sigmoidectomias pelo acesso laparoscópico no período de dezembro de 1991 a janeiro de 1998 sendo mais freqüente no sexo feminino (82,2 por cento) com a média de idade de 56,1 anos. Todos os pacientes foram submetidos a preparo de cólon, sendo a maioria do tipo convencional (62,8 por cento). A antibioticoterapia profilática foi utilizada em 88,6 por cento dos casos. O tempo operatório médio foi de 176,82 min (2,9h). Näo ocorreu complicaçäo transoperatória. Houve apenas uma (2,8 por cento) conversäo devido à presença de excessivas aderências inflamatórias. Ocorreram oito (23,5 por cento) complicaçöes pós-operatórias. Näo foi referida dor no pós-operatório em 50 por cento dos pacientes. Os ruídos peristálticos tornaram-se audíveis numa média de 11,8 horas de pós-operatório com eliminaçäo de flatos em 24,8 horas. A dieta oral foi instituída numa média de 1,2 dias e a primeira evacuaçäo ocorreu em 6,3 dias. A permanência hospitalar foi em média de 3,2 dias. Näo ocorreu óbito. O tratameno cirúrgico precoce da doença diverticular do sigmóide pelo acesso vídeo-laparoscópico previne as complicaçöes mais graves da doença e resultados pós-operatórios satisfatórios

Visäo atual da cirurgia colorretal laparoscópica / Actual vision of laparoscopic colorectal surgery

A colectomia laparoscópica vem cada vez mais sendo empregada no tratamento das patologias do cólon e do reto. Contudo, diferem de procedimentos mais simples como a colecistectomia, em virtude de particularidades próprias. A necessidade de abordagem de diversos quadrantes do abdome, ligaduras vasculares mais complexas e numerosas, além da necessidade de se realizar uma anastomose na maioria dos casos, e, a presença de um espécimen cirúrgico de maiores proporçöes que determina a ampliaçäo ou a criaçäo de novas incisöes para sua remoçäo säo pontos de importância. Numerosos relatos na literatura reportam os resultados obtidos com esta técnica. Contudo controvérsias ainda existem acerca das reais vantagens da via laparoscópica sobre a cirurgia convencional. Procuramos nesta revisäo da literatura, esclarecer os pontos controversos dos resultados obtidos com a laparoscopia no tratamento das patologias colorretais além de enfatizar suas reais vantagens

Varizes anorretais em pacientes com hipertensao portal / Anorectal varises in patients with portal hypertension

O trabalho consiste na identificaçao de varizes anorretais em pacientes internados na Enfermaria de Gastroenterologia do Hospital Central Roberto Santos portadores de hipertensao portal. Todos pacientes apresentavam circulaaçao colateral hepatoesplenomegalia ou esplenomegalia e ascite. Do total de 15 pacientes, nove eram do sexo feminino e seis eram do sexo masculino, com idade compreendida entre 15 e 81 anos. A hipertensao portal foi secundaria a esquistossomose em 11 pacieentes e em quatro secundaria a cirrose. Quanto a Classificaçao de Child, seis pacientes eram Child A, sete Child B e dois Child C. As varizes anorretais foram observadas em dois pacientes, doença hemorroidaria em tres, e os demais apresentaram exame proctologico normal. No nosso estudo as varizes anorretais ocorreram em 13 por cento dos pacientes com hipertensao portal. A doença hemorroidaria nao mostrou uma prevalencia maior do que a populaçao em geral e o sangramento em pacientes portadores de varizes anorretais mostrou ser de ocorrencia pouco frequente

Abscesso anorretal. Estudo da flora microbiana / Analrectal abscess. Study of the microbe flora

Os AA. analisam 56 pacientes portadores de abscesso anorretal com a finalidade de identificar as bacterias mais comumente encontradas, sua classificaçao anatomica e o tratamento empregado. Vinte pacientes eram do sexo feminino e 36 do sexo masculino, com faixa etaria compreendida entre 10 e 60 anos. Cerca de 40,2 por cento dos pacientes apresentavam abscessos perianais, enquanto que as formas interesfincterica e supra-elevatoria incidiram somente em 3,57 por cento dos casos. O tratamento cirurgico mais empregado foi a drenagem (53,5 por cento), ficando a fistulotomia no mesmo tempo operatorio, quando da identificaçao da cripta doente, realizada em 23 pacientes (41 por cento). Como resultados foram observados ao Gram das secreçoes: 24,3 por cento de cocos Gram-positivos isolados, aos pares, agrupados e em cadeias e 45,9 por cento de bacilos Gram-negativos e Gram-positivos. Foram realizadas culturas para germes aerobicos em todos os pacientes, sendo a Escherichia coli encontrada em cerca de 46 (65,7 por cento) das amostras. Em 26 pacientes (46,4 por cento) foram realizadas culturas para anaerobicos, identificando crescimento de Bacteroides fragilis em 16 casos (61,5 por cento). Concluimos que no nosso material a flora microbiana encontrada nos abscessos anorretais foi de origem mista, representando a Escherichia Coli e o Bacteroides fragilis os patogenos mais frequentemente encontrados

Analise da experiencia com ileostomia em alça. Experiencia em 48 pacientes com a derivaçao por ileostomia em alça na cirurgia colorretal / Analysis of the experience with loop ileostomy. Experiment in 48 patients to the dirivation by loop ileostomy in the colo-rectal surgery

Os AA. analisam sua experiencia com a utilizaçao de ileostomia em alça como forma de derivaçao fecal em 48 pacientes submetidos a cirurgias colorretais com anastomoses colorretais baixas e ileoanais no Serviço de Cirurgia Colorretal do Hospital Central Roberto Santos. A tecnica empregada para a realizaçao do estoma difere da original, pois nao e utilizado suporte. As principais indicaçoes foram o cancer de reto e as doenças inflamatorias intestinais. Todos os pacientes foram submetidos a reconstruçao do transito intestinal atraves de acesso peri-estomal num tempo medio de 29,9 dias. Em 66 por cento dos casos foram realizadas anastomoses termico-terminais em plano unico, enquanto que em 33,3 por cento dos pacientes foram utilizados grampeadores. Nao houve mortalidade na serie ora apresentada e a complicaçao mais frequente foi a dermatite periestomal que ocorreu em 11 pacientes. Apos o fechamento da ileostomia nenhum paciente necessitou de reoperaçao por problemas obstrutivos. A ileostomia em alça e uma opçao cirurgica que deve ser considerada quando da necessidade de derivaçao fecal